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Nossos objetivos

​A nossa associação é dedicada à restauração e preservação do patrimônio do Transpraia e do ambiente envolvente.

O nosso objetivo é proteger este tesouro da Costa da Caparica, combinando tradição com inovação, bem como garantir a sua acessibilidade e sustentabilidade.

Objetivos prioritários dos Amigos do Transpraia: 

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  • Dar a conhecer, revitalizar e preservar este património local: dinamizar a comunidade de membros, apoiar a empresa Transpraia dando visibilidade ao projeto (restauração dos comboios, trilhos, paragens…)

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  • Envolvimento, inovação e empreendedorismo: desenvolver uma rede de voluntários em torno da associação, criar parcerias apoiando os negócios locais, promover um crescimento regional através de incentivo das iniciativas a favor do desenvolvimento da economia ao longo da linha do Transpraia

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  • Celebrar a história do Transpraia: preparar uma coleção permanente de arquivos e objetos históricos para a criação de um museu Transpraia no hangar emblemático do comboio, produzir e financiar um documentário sobre a história e renascimento do Transpraia

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  • Fomentar eventos culturais e artísticos ligados ao Transpraia: criar ateliers de artistas no local (já com dois artistas e dois ateliers instalados), criação de uma residência para artistas, desenvolvimento de exposições, workshops, oficinas, tendo um destaque na promoção cultural do patrimônio da Costa da Caparica (artes, surf, pesca, gastronomia e tradições locais)   

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  • Apoiar as iniciativas ambientais através das doações recebidas e parcerias: ações a favor da transição ecológica do comboio por meio da eletrificação das locomotivas e proteção do meio ambiente com atenção especial à preservação das dunas, da flora e fauna local, para o desenvolvimento do turismo sustentável      

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Através destas ações, pretendemos fazer dos comboios do Transpraia um elemento-chave na revitalização cultural e económica da Costa da Caparica.

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A história do Transpraia

Veja aqui a história do comboio!

Toda informação abaixo foi obtida do website Transpraia:  Transpraia -

© Copyright Helena MCS Simões, Todos os Direitos Reservados

"O Transpraia é um comboio turístico que liga a praia da Costa da Caparica à Fonte da Telha, num trajeto de cerca de 9 kmts à beira do Atlântico num percurso que compreende 4 estações e 15 apeadeiros, tendo sido o primeiro acesso a algumas praias mais remotas para os inúmeros banhistas da altura.

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Inaugurado em 29 de Junho de 1960, é propriedade da empresa Transpraia – Transportes Recreativos da Praia do Sol, Lda, opera no litoral do concelho de Almada e foi um projeto de Casimiro, hoje administrado pelo filho António Pinto da Silva.

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Casimiro, exímio atirador de tiro ao voo, investiu o dinheiro dos seus prémios neste projeto.

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A ideia de criar o Transpraia nasceu dos 4 anos vividos em Santo António da Caparica por motivos medicinais devido ao iodo desta praia para curar as amigdalites da sua filha mais nova.

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Tendo inicialmente sido apenas um trator a puxar carruagens sobre um estrado de madeira para transportar as pessoas para a praia, a fragilidade da madeira não foi impedimento para Casimiro que, apesar dos estrados terem partido, continuou com o seu projeto.

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Inspirado num pequeno comboio que recordava de uma mina numa povoação Francesa, assim nasceu o novo modelo de comboio que acabou por implementar. Com uma bitola de 60 cm, o trilho tem um percurso de via única, com algumas agulhetas e duplicações de linha para cruzamentos e pontos de manobra, tendo sido utilizado o sistema de montagem Decauville.

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A viagem inaugural foi um sucesso, enchendo de animação a pequena vila à beira-mar, que fervilhava de cor e alegria em redor deste pequeno comboio de praia. Desde os gaiatos descalços às donas de casa de lenço ou avental e os senhores de chapéu, ninguém faltou à festa.

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Benzido pelo pároco da Freguesia, o comboio pôs-se em marcha ao som da Banda da Casa dos Pescadores que tocava a "Maria da Fonte".

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A sua importância reclamou a presença de todas as personalidades importantes da época: o Secretário Nacional de Informação e Turismo, Dr. Moreira Baptista, o governador civil de Setúbal, o presidente da Câmara de Almada e o presidente da Comissão Municipal de Turismo.

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No regresso da 1ª viagem houve festa e um cortejo que percorreu a Rua dos Pescadores com a banda a acompanhar.

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À época escrevia o o Diário de Notícias que ao almoço e aos "brindes", "falou em nome da Transpraia o Sr. Dr. Canas Cardim, que a exemplo do que já fizera no início da viagem, saudou os visitantes e disse que a obra iniciada era um dos muitos sonhos que a sociedade pensa realizar para o progresso da Costa da Caparica", acrescentando: "Quem nos dera ser vivos, daqui a poucos anos, para assistir à transformação total desta região maravilhosa, quem sabe, talvez impulsionada por estas pequenas máquinas Diesel, rastilho do nosso empreendimento!"

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As pequenas locomotivas movidas a gasóleo puxam composições constituídas por quatro carruagens do tipo imperial, de acesso aberto pelos estribos laterais a sete bancos de quatro lugares corridos.

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Com o Transpraia muitas vidas se cruzaram, Carlos Alberto foi inicialmente cobrador, depois maquinista, tendo chegado a encarregado, desde o tempo em que vendia bilhetes a dez tostões, quando só existiam duas praias, a Costa e a Fonte da Telha.

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Quando quase ninguém tinha carro, todos ficavam na praia da vila, mas o Transpraia trouxe a oportunidade de um dia de praia em família com apenas meia hora de viagem.

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As praias da costa foram desbravadas com o tempo e com a ajuda do Transpraia que, de Junho a Setembro das 09:00 às 20:00, foi dando a conhecer a beleza natural da Costa do Sol, e das novas praias, tendo lá chegado antes de qualquer outro.

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No pós-25 de Abril houve um boom de clientes que faziam filas enormes para os bilhetes, criando conflitos, empurrões e discussões quando um comboio chegava, obrigando à frequente intervenção da Policia Marítima, não havia lugares vazios e quase subiam para o tejadilho.

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A animação era garantida, especialmente quando figuras conhecidas como Paulo de Carvalho, Helena Isabel, Herman José, Vitor de Sousa entre outros, apareciam e cantavam e animavam as viagens.

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Hoje em dia os lugares vagos abundam e a Policia Marítima já não é necessária para repor a ordem, as figuras públicas não aparecem e o preço das viagens já não chega para manter os custos e a manutenção do Transpraia.

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Todas as praias têm estacionamento e quase toda a gente tem carro, o Transpraria hoje é ocupado por turistas e românticos que continuam a gostar de sentir o vento nos cabelos, o ranger dos bancos de madeira, de observar a arriba fóssil da arrábida ou sentir a emoção de cruzar as dunas e ter o privilégio de ver o mar de uma perspetiva única.

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O mix de línguas que se ouvem, juntamente com a alegria das crianças, torna esta viagem emotiva e inesquecível.

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Com 2 tarifas diferentes, a praia da Riviera faz a mudança, obrigando os revisores a percorrer atentamente as carruagens e servindo também de guias turísticos locais, enquanto serpenteiam pelas dunas, ora junto ao mar, ora serenamente na calma dos espaços desertos.

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No Verão de 2007 o programa Polis transferiu o Transpraia para a Praia Nova, o que afastou muitos clientes, campistas que o utilizavam para vir à cidade e especialmente idosos que têm dificuldade de caminhar na areia até ao novo terminal.

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O Polis está dividido em vários planos de pormenor, iniciado em 2006, já tiveram vários alvos de intervenção e inclui a relocalização do traçado do comboio de praia - Transpraia.

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A gestão do Polis está a cargo da Sociedade Costa Polis, assumindo o Estado 60 por cento do Capital Social e o Município 40 por cento. A operacionalidade do programa é da Parque Expo.

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Mesmo sendo este comboio uma atração turística, a mudança de um terminal na Rua dos Pescadores junto ao restaurante "Carolina do Aires" para cerca de 1 kilomemtro e 200 metros de distância, junto ao Parque de Campismo da Praia Nova, em nada o favoreceu, apesar da tentativa da Costa Polis que acordou uma ligação gratuita entre os 2 terminais garantida pela TST (Transportes Sul do Tejo), apenas no 1º ano após a mudança.

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Afastado da Estação original não está previsto o retorno ao local inicial, muitos dos veraneantes desconhecem que o Transpraia ainda existe e a falta de visibilidade tem sido cruel para o Transpraia, que continua a lutar pela sobrevivência."

©2024 by Amigos do Transpraia

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